Sabe a vida, é nossa e temos livre arbitrio pra seguir o que acharmos melhor, mas há muitas situações e pessoas que podem interferir em nossas decisões.
Ainda adolescente, minha principal atividade era estudar e escrever, adorava poesia e era muito questionador com meu professores, não aceitava nada mastigado, precisava degustar o conhecimento, saber detalhes e entender plenamente o que era dito.
Nesta época meus pais decidiram que deveria fazer 1ª Comunhão, fiz o queme pediram, mas ali começaram minhas duvidas sobre a religião. Pois as catequistas queriam apenas conduzir nossas mentes a acreditar no que estavam nos livros da catequese sem questionar. Tentavam basicamente uma lavagem cerebral, mas muito rustica, até porque não eram pessoas preparadas pra um ato cientifico como esse.
Ali começei a achar que Deus e religião podiam ser coisas diferentes, mas ainda eram apenas pensamento de um adolescente com muita coisa a aprender.
Nessa época comecei a sentir fortes dores abdominais, contorcia-me de tanta dor, mais uma vez fui parar em hospital., e já não deveria ser surpresa o fato de ter um problema grave e o médico ja marcar uma cirurgia.
Resultado, eu tinha uma ulcera gastrica e uma Hernia no duodeno. Sendo levado na maca para a sala de cirurgia ficava pensando como seria caso morresse ali, para onde ia, mas eu tinha muita coisa à aprender, não queria morrer, mas tinha medo e se Deus tivesse me abandonado. O enfermeiro me deixou no hall, pois ainda não estava pronta a sala de cirurgia, uma outra maca parou ao meu lado e um garotinho careca de uns 12 anos deitado sorrindo. Ele me olhou e perguntou o que vc tem, após responde-lo disse nem sei se volto dessa. Ele sorriu novamente e disse que tinha um tumor no cerebro e que Deus não se distanciava da gente, mesmo que a gente tente ficar longe dele e que logo tudo estaria bem, fui impedido de lhe perguntar mais quando as macas foram levadas para as salas de cirurgia.
Adormeci enquanto contava até 10 na mesa de cirurgia, a impressão que tive foi de abrir imediatamente os olhos a seguir, e o susto foi enorme, tinha morrido, ja via Cristo de braços abertos sobre mim.
Calma nessa hora após concentrar os olhos percebi que era um crucifixo fixado na parede da sala de recuperação onde eu aguradava para ser levado ao quarto.
Bem não sei o que aconteceu com aquele garotinho, mas sei que ele tinha razão Deus não se AFASTA DA GENTE.
As proximas postagens testemunharei esse meu distanciamento de Deus, até chegar aos meus reencontros com ele.
Que Deus os Abençoe sempre.
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