segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Deus Sempre é Porto Seguro

Quando para para olhar no passado, e ver a vida como era, e analisar cada fato cada acontecimento é inevitavél pensar que nada acontece por acaso. E o simples fato de não entendermos, não significa que não exista um palno maior de Deus para cada situação, por mais simples e corriqueira que possa parecer.

Como já viram nos testemunhos anteriores, nunca fui uma criança muito saudavél, e me sentia muito solitario, embora tivesse uma boa familia. Ma em uma familia naquela epoca sendo o filho de meio, tinha menores atenções e afinal vivia tendo problemas de saúde, e sendo timido e retraido, acaba não estando nunca no centro das atenções.

Precisava falar, conversar, questionar, tinha uma sede de conhecimento que só aumentava, aos 7 anos lia de tudo, jornal, revistas, bula de remedio e até rotulos de embalagens era compulsivo a coisa.
E estava dificil, me lembro em pedir muito e conversar muito com Deus, queria alguem que me ouvisse queria carinho, sei que é estranho, mas faltava algo.
Chegava a me esconder um dia inteiro no meio de um  matagal no fundo de casa, para ver se alguem sentiria falta.

Um belo dia meu pai ganhou um filhote de cachorro em uma rifa de Igreja, e deu de presente para o meu irmão caçula, mas eu dei o nome de Huste para ele em homenagem ao menino dono do Rim-Tim-Tim de uma serie de TV daqules anos.

Encontrava ali meu primeiro melhor amigo,parceiro amigo, ficava horas me escutando, ia onde eu ia lambia meu rosto.
Iamos para o meio do mato "caçar" e ele sempre ao meu lado literalmente o melhor amigo, lembro-me de 3 patinhos que nosso vô nos deu, um cão do mato pegou um deles e sumiu mata a dentro, fomos atras nós 2  quando o Huste pegou o cheiro disparou até ele fazendo o cachorro sumir, e trouxe o patinho morto na boca e me entregou, fazendo uma cara de decepção, aquela tarde não brincamos, só ficamos perto do rio parados e olhando a correnteza.

E agora ja não conseguia ficar escondido sozinho, pois ele sempre me achava e fazia companhia. Certa vez eu ja devia ter uns 10 ou 11 anos, estavamos no quintal brincando e um Doberman do vizinho fugio e partia para nos atacar, o Huste arrancou uma barra ferro que predia a corrente dele que ficava um metro e meio abaixo da terra, postou-se entre nós e o doberman.
Por alguns interminaveis momentos os dois se estudaram até que o domerman avançou e tomou uma surra monumental. Com a fuga do Donerman o Huste veio até mim latiu 2 vezes e se apoiou nas minhas pernas, estava bem machucado.

Hoje acho que Deus colocou esse amigo no meu caminho, para me ensinar o valor da amizade da dedicação e a suportar as perdas.

Aos meus 14 ou 15 anos, ele teve uma doença no cerebro, fizemos de tudo, mas segundo o veterinario nada mais podia resolver. Ele ja estava quase cego, e ja não corria ou brincava, apenas cheirava-me e apoiava a cabeça em meu colo. Um dia cheguei do colegio e meu pai tirava o Huste morto de dentro do carro, colocou-o em um carrinho de mão, me entregou uma pá e disse para ir até um terreno abandonado e enterra-lo. Antes que eu pudesse dizer algo meu pai ja me alertou, que homem não chora, e que o Huste não sofreria mais.

Anos mais tarde meu pai me contou que levou o Huste à um veterinario que aplicou uma injeção para que ele morresse sem sofrer.

Tudo tem seu tempo, e devemos aceitar e esperar sempre em Deus !

Fiquem na Paz do Senhor